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Guia do Ilustrador Freelancer

Neste post você encontra todo o material que já produzi sobre ser um ilustrador freelancer, mais alguns links externos pra ajudar você, que quer se profissionalizar e não sabe como, ou é iniciante e está tendo dificuldade de como começar a se organizar.

QUE CURSO FAZER PARA SE TORNAR ILUSTRADOR OU QUADRINISTA?

Não existe um curso específico para se tornar ilustrador. Muitos ilustradores são formados em artes visuais, design, arquitetura, entre muitas outras formações diferentes. Mas pra dizer a verdade, na maioria das vezes, um ensino superior não é tão relevante no currículo quanto seu portfólio.

Claro que a minha formação de Artes Visuais me abriu muitas portas, mas este é apenas um dos caminhos. Cada artista, cada ilustrador tem seu caminho, faz de um jeito, não existe fórmula. Caso ser ilustrador seja seu objetivo principal, minha dica é: independente da formação acadêmica, procure cursos específicos de desenho e ilustração para se desenvolver, melhorar suas técnicas e criar um portfólio interessante. Muitas vezes estes cursos também podem abrir portas para oportunidades de trabalho.

TURBINE SEU PORTFOLIO

Agora que você decidiu ser um ilustrador, está na hora de montar um portfolio profissional. Lembre-se que o mais importante para um ilustrador é seu portfolio. É desta forma que seu futuro empregador ou cliente irá te conhecer e saber o que você faz. Se você ainda não tiver trabalhos profissionais, coloque os seus melhores trabalhos (da faculdade, ou inventados mesmo) e atualize com frequência. O ideal é ter um portfolio online (sugestão: Behance, Carbonmade) e um portfolio físico numa pasta bem organizada para levar às suas entrevistas. 

MERCADO DE TRABALHO

Neste vídeo dou uma geral, falando sobre minha experiência na área e respondendo as perguntas de vocês sobre mercado de trabalho, estágio e trampo fixo. Como eu disse antes, não existe fórmula, mas é preciso começar em algum lugar, mesmo que esta não seja a melhor opção (ainda). Cada coisa tem seu tempo. 

Outra dica é conversar com outros ilustradores e pessoas que trabalham na área. Existem muitos nichos diferentes, como o mercado editorial, de quadrinhos, de games, agências de publicidade, entre muitos outros. Cada mercado funciona de um jeito, então é legal poder tirar as possíveis dúvidas.

SER FREELA OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO

Se você se pergunta se ser freela é pra você, o ideal é pesar os pontos positivos e negativos pra saber se realmente é a melhor opção. Essa é escolha que funciona muito bem para uns (como pra mim) mas não para outros, então não tenha medo de assumir um lado, se ele é o melhor pra você. 

E aproveitando que estamos falando sobre o assunto, aqui vão 5 dicas de ouro pra quem trabalha em casa! Isso com certeza vai te ajudar a se organizar e fazer seu trabalho render mais. 

QUAL O VALOR DA SUA ARTE?

Esta é uma das perguntas mais importantes pra quem é autônomo e precisa fazer seus próprios orçamentos, lidar com clientes, saber quanto cobrar em cada situação. Esta é uma questão que se aprende na prática, e talvez demore um tempo pra conseguir fazer direito. Você vai errar algumas vezes pra nunca mais esquecer. Por mais que existam tabelas de valores (como esta aqui da Adegraf), elas servem para nos guiar em relação ao “valor de mercado” e não é regra. Também já fiz um post aqui dando dicas bastante objetivas sobre o assunto. Neste post você encontra dicas de como calcular um orçamento.

COMO SE FORMALIZAR COMO AUTÔNOMO?

Fiz um vídeo há um tempo atrás falando sobre o MEI (micro-empreendedor individual) que é uma categoria de empresa para “empresas individuais” ou atônomos numa área de atuação. Esta é uma ótima opção pois tem baixos impostos e permite emitir notas, que são exigidas de seus colaboradores em algumas empresas ou editoras. Saiba mais no vídeo: 

DIREITOS AUTORAIS

Muitos chegam a mim preocupados em colocar seu trabalho na internet por medo de roubo ou plágio. Eu acho curioso pois há mais de 10 anos eu tenho colocado meus desenhos (e outros trabalhos) na internet sem me preocupar muito com isso. Quem se “expõe” na internet está sempre passível de roubo e plágio e é algo com a qual devemos estar preparados, e isso que é o mais importante. Infelizmente, esta é a nossa realidade, mas existem leis que servem para nos proteger, é claro. Eu recomendo altamente a leitura do Pequeno guia de direitos autorais para artistas independentes, postado no site Minas Nerds. Em breve falaremos mais sobre o assunto, ok?

CÓPIA x PLÁGIO

Eis um tema mais polêmico que mamilos. Os seres humanos aprendem através da mimese, então é normal que usemos a cópia como aprendizado. Mas é bom esclarecer aqui que existe uma diferença entre “se inspirar” na arte de outro artista, e copiá-lo na íntegra, sem creditá-lo, dando a entender que é um original seu. Não me incomodo quando algumas pessoas avisam que fizeram algum desenho baseado no meu, contanto que me creditem caso decidam divulgar em suas redes. Acho saudável, inclusive, mas são os detalhes que fazem toda a diferença.

Bom, este é todo o material que consegui reunir ao longo dos anos, e eu sei que está longe de ser um manual definitivo sobre o assunto. Mas creio que mesmo isso pode ser útil pra alguém e, quem sabe, oferecer alguma luz.

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